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Gosto de escrever pois a sensação de liberdade quando o faço é indescritível. Escrevo o que sinto, o que penso, o que gostaria que acontecesse. Isto significa que os meus textos são imaginados, contudo, possuindo o seu quê de verdade. I hope that you like it**

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Freedom^^



Pegou na bicicleta e pedalou...
Para Carolina aquela era a melhor sensação do mundo, sem dúvida. Cada vez que ía à aldeia, agarrava na bicicleta do tio e percorria quilómetros. Estradas alcatroadas ou de terra batida, mato, trilhos, nada lhe escapava. Era uma sensação de liberdade elevada ao extremo, sentia-se livre como nunca conseguia ser.
Não era uma grande ciclista mas o medo não fazia parte do seu vocabulário e aventura era o seu nome do meio. Estava sempre disposta a novos desafios e nunca dizia nunca.
O caminho que mais gostava de fazer era na estrada principal, desde o cimo do povo até à estrada nacional. Não era nada demasiado arriscado, como seria de supôr, mas ela adorava-o. A estrada era coberta de alcatrão e sempre a descer. A final da tarde, altura em que Carolina costuma fazer o seu passeio (indispensável) quando ía ao norte, não havia quase carros a circular. Era a rampa principal, logo após uma grande curva à direita, que ela se divertia mais. Pedalava um pouco, até atingir alguma velocidade, e deixava-se ir; levantava as mãos do guiador e soltava o cabelo, que lhe chegava um pouco abaixo dos ombros; fechava os olhos, abria os braços e aqueles 15 segundos de vento a acariciar-lhe a o rosto pareciam-lhe uma saborosa eternidade. A adrenalina que sentia cada vez que repetia este ritual era impossível de descrever. Sentia-se solta de todas as correntes com que o mundo nos prende, sentia-se livre de preconceitos, sentia-se pura, inocente, segura.
Quando chegava ao fim da tal estrada inclinada voltava a pôr as mãos na bicicleta e abria novamente os olhos. E apercebia-se da beleza única da natureza, ouvia os pássaros chilrearem, a água a correr na ribeira que passava ali perto e pensava que o mundo à sua era mágico.
Voltou a pedalar, absorta nos seus pensamentos e de sorriso na cara, tentando conservar em si, o máximo de tempo possível, aquela sensação fantástica.
- Carolina! - ouviu o seu pai chamar enquanto passava em frente à casa do seu tio - Vem para casa que está a ficar frio!
Foi então que Carolina caiu na realidade e o mundo voltou a ficar cinzento, com aqueles tons tristes e escuros, com que todos vêem o que os rodeia...

domingo, 5 de abril de 2009

Não faço ideia...


Se pudessemos viver eternamente viveríamos para quê?...Isto é o mesmo que dizer que vivemos a vida com um propósito, que deve ser assim. O sentido da vida e a sua limitação pela morte leva a que vivamos com um determinado fim...
...
E se não tivermos nenhum objectivo?...Se não tivermos nada que nos faça viver?...Se nada nos motivar?...
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Devemos continuar a "viver"?...Não seria mais lógico pôr fim a esse sufoco de andar no mundo só por andar?...
...
E se não se conseguir pôr termo à vida?...Se se for demasiado cobarde para o fazer?Ou se se viver agarrado a uma esperança vã de que as coisas mudem?...
...
E se se viver constantemente neste dilema?...


(escrito dia 11 de Março de 2009)