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Gosto de escrever pois a sensação de liberdade quando o faço é indescritível. Escrevo o que sinto, o que penso, o que gostaria que acontecesse. Isto significa que os meus textos são imaginados, contudo, possuindo o seu quê de verdade. I hope that you like it**

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um dia para recordar... *


Fazia naquele dia exactamente seis meses que Maria tinha vivido um dos momentos mais importantes da sua vida.


Era de noite, estava escuro. A rapariga não se lembrava ao certo como estava a lua ou se o céu estava exageradamente estrelado, não sabia já se corria uma brisa gelada ou se o tempo estava ameno. Porém, recordava-se, como se fosse hoje, de como se sentia. Tinha acabado de jantar quando chegou ao clube da aldeia. Subiu as escadas que davam acesso ao bar mas deteve-se a meio e sentou-se. No estômago, parecia que lhe voavam centenas de borboletas, num frenesim imenso.

Horas antes tinha falado com o rapaz mais doce que conhecera até aos dias de hoje. Não era apenas as palavras bonitas que ela gostava. Agradava-lhe o seu jeito confiante de falar, a segurança que demonstrava em tudo o que fazia, os seus olhos de um verde lindíssimo que a derretiam, o sorriso malandro mas ao mesmo tempo inocente. Sabia que ele devia passar por ali dentro de instantes. Não demorou nem um segundo até acontecer o que ela ansiava. Diante dela, uns degraus mais em baixo, estava Rodrigo, de sorriso nos lábios e com um brilhozinho nos olhos.

Maria estava em pânico. Não sabia o que havia de fazer. Devia levantar-se, devia esperar sentada. Rodrigo não fazia ideia de como agir. Devia sentar-se ao lado dela, devia aguardar que ela se pusesse de pé. Num momento de puro instinto, esticou a mão e esperou que ela correspondesse. Maria perguntou-lhe o que ele queria, colocando a mão sobre a dele. Rodrigo chamou-lhe preguiçosa e fez força para que ela se erguesse. A rapariga pôs-se de pé e ficaram, sensivelmente, à mesma altura. Não houve mais nada em que pensar. Instintivamente, ambos se inclinaram um pouco e os seus lábios tocaram-se num beijo leve. De olhos fechados, Maria sentiu o quente dos lábios dele, Rodrigo sentiu a suavidade dos lábios dela. Não passou mais de um minuto. O coração dos dois batia a uma velocidade estonteante e parecia querer sair do peito a qualquer instante. Se havia uma palavra para descrever tudo aquilo, essa palavra seria magia. Foram mágicos aqueles sessenta segundos.

Aquele não era um momento de desejo assolapado ou de paixão arrebatadora. Era um simples momento de ternura, de carinho, entre duas pessoas que, mesmo sem saberem, tinham acabado de descobrir o amor das suas vidas.


Nenhum deles entendia, ao certo, o que significava aquele beijo, mas será que isso era mesmo importante?? Não quiseram pensar nisso.

Iria ser o que tivesse de ser.


domingo, 19 de setembro de 2010

Pequenos Momentos de Cumplicidade **


Vou-vos contar um episódio a que assisti e que me fez pensar...

"Num momento de cumplicidade, Rodrigo baixou a cabeça e deitou-a no ombro da amada. Fechou os olhos. Tinha o nariz junto ao pescoço dela. Inspirou fundo, absorvendo o cheiro doce do perfume de Maria. Era bom sentir-se assim, seguro, por estar com ela. Era sempre carinhosa com ele, e Rodrigo adorava-a por isso. Com ela, sentia-se amado.

Maria olhou aquele que tanto amava e suspirou. Podia passar horas a olhar para ele, que nunca se fartaria. Vê-lo assim de olhos cerrados, no ombro dela, derreteu-a. Estava com um ar tão doce. Ela gostava da forma como ele se entregava, da forma como ele deixava que ela o protegesse. Passou-lhe a mão pelo rosto quente. Colou os lábios à bochecha dele e fechou também os olhos. Os dez segundos que passaram pareceram-lhe uns dez minutos. Eram estes pequenos momentos que faziam tudo valer a pena."


Pequenos momentos de cumplicidade. Fazem esquecer a saudade e a distância. Fazem ficar a certeza de que o amor não vai morrer nunca. Gestos...
Sempre achei que o amor era algo ilusório, que servia apenas e somente para escrever canções, fazer filmes ou vender livros. Parece irreal a ideia de amar e ser amado.

Mas sabem?? É possível...


Basta confiar.
Basta deixar falar o coração e escutar o que ele tem para nos dizer.
Basta deixarmos que nos amem.
Basta que dêmos a nós próprios a oportunidade de sermos felizes.