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Gosto de escrever pois a sensação de liberdade quando o faço é indescritível. Escrevo o que sinto, o que penso, o que gostaria que acontecesse. Isto significa que os meus textos são imaginados, contudo, possuindo o seu quê de verdade. I hope that you like it**

sexta-feira, 24 de julho de 2009




Já chegaste? Ainda bem. Estás na relva, não estás? E são quase 18h, não são? Então, agora, deita-te. A sério! Não estou a brincar, não! Obrigado por confiares em mim. Não feches os olhos, por favor. Olha para o céu. Vês como é azul? É tão bonito. Tem uma cor suave e tranquilizante. Pelo menos para mim. Vamos, continua a ver. Vês as nuvens? Tão brancas. Não te chateia que estejam a manchar o belo azul do céu? Fazem lembrar algodão doce. Será que são assim tão macias? Será que são assim tão doces? Estende a mão, tenta alcançá-las. Vá, tenta, não desistas sem tentar. Conseguiste? Espero que sim. Fica a contemplá-las. Olha para todas as formas que elas tomam. Neste momento, aquelas mesmo por cima de ti, não parecem um dragão a cuspir fogo? Estás a vê-lo? Agora, fazem lembrar uma avioneta, a deixar atrás de si, um rasto de fumo branco. Vês as asas? E a hélice principal, bem na frente? É agradável deixar a imaginação voar.
Vamos experimentar outra coisa. Fecha os olhos. Sim, desta vez quero que os feches. Sei que te estou a chatear, mas faz-me este favor. Não te vais arrepender. Já está? Concentra-te nos sons que ouves. O vento, que passa suavemente entre os ramos fortalecidos pelo Verão. Ouves o seu sussurro? Percebes o que ele te diz? Os pássaros, que chilreiam exuberantes melodias, vaidosos do seu pio. Consegues falar com eles? Aposto que têm histórias incríveis para contar. Não passa uma estrada, mesmo por detrás do relvado onde estás? Não ouves os carros? Pois é, a rua tem pouquíssimo movimento. Raramente passam carros. Espera! Escuta! Ouves? Consegues distinguir o barulho distante do motor a trabalhar? Creio que vem lá um carro já com a sua idade. E o som dos pneus a pisar o asfalto?
Levanta-te lentamente. Não! Não abras os olhos, ainda. Senta-te. E abre os braços. Eles que façam um ângulo de 180º entre eles. O que sentes? É tarde e começa a ficar frio. Sentes o gelado da brisa nas mãos? Ao que parece, sim. Até estás a tentar agarrá-la! Foste capaz? Então, agora, solta-a. Deixa-a voltar ao seu caminho. Isso.
Põe-te de pé e deixa este ar, gélido mas agradável, acariciar-te o rosto. Ah! Sabe extraordinariamente bem. Quase que voas, já viste? Inspira bem fundo. E, de seguida, deita todo o ar cá para fora. Olha! Estás a sorrir! Estás feliz? Tens um sorriso bonito. Nunca permitas que ele te desapareça! E que tal, é boa a sensação? Relaxa? Fico contente por te ver bem. Era essa a intenção.
Vá, vou-me embora. Não estou a brincar, não. Tenho mesmo de ir. Sim, claro, noutro dia repetimos. Fica prometido. Vejo-te por aí…

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