A minha foto
Gosto de escrever pois a sensação de liberdade quando o faço é indescritível. Escrevo o que sinto, o que penso, o que gostaria que acontecesse. Isto significa que os meus textos são imaginados, contudo, possuindo o seu quê de verdade. I hope that you like it**

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um Mundo Ideal... (parte II)



Cada vez que visitava aquele jardim, o nosso João ficava mais e mais deliciado. Havia sempre algo novo a descobrir. Encontrou novos trilhos, novos caminhos, novas situações. A diminuição do número de pessoas no recinto mostrava, claramente, que as férias estavam aí. A quantidade de turistas também o comprovava. Passeavam, igualmente satisfeitos com aquele ambiente, com mapas, dicionários e livros-guias na mão. É uma pena que o nosso país não seja apreciado por nós, portugueses. Temos paisagens maravilhosas, monumentos imponentes, gentes simpáticas e são poucos os que conhecem verdadeiramente esta realidade.
Vagueava sozinho por toda a área que lhe era permitida. O sol ia bem e, tal como da última vez, o calor fazia-se sentir com grande intensidade. Num banco metade iluminado pelos rais solares estava um senhor, meio deitado, meio sentado, numa posição um pouco estranha e parecia estar a escrever. Aquilo ontrigou João mas, passados uns segundos, percebeu, o dito senhor estava a desenhar a ramada por cima de si, apanhando talvez o reflexo da nossa maior estrela para enriquecer o seu desenho.
Mais à frente deu com um pequeno paraíso, mais um. Um lago, sobrecarregado de nenúfares e flores de lótus, de corer rosa e roxa, com uma beleza monumental. João gostava destas flores. Vê-las assim a flutuar na água transmitia-lhe paz, tranquilidade, serenidade.
Este pequeno mundo estava mesmo completamente deslocado. Era um óptimo refúgio e o rapaz aproveitava sempre que podia para ir para lá, desfrutar daquele ambiente puro e relaxar.
Atrás dfe si, um senhor com uma barba farfalhuda e já branca, assobiava uma canção qualquer, confundindo-se com a melodia dos passarinhos. O pai de João conhecia os pássaros praticamente todos pelo seu chilrear. João acreditava que, quando era mais novo, o seu pai "conversava" com estas animais voadores, através do assobio.
Magia. Aquele sítio estava repleto de magia.
Voltou a sentar-se no anfiteatro. Do lado contrário reconheceu um senhor, vira-o na primeira vez que lá estivera. Ao fim de uma visitas reparou que havia pessoas que, tal como ele, gostavam de ali estar, o que era compreensível pois toda a gente, em algum momento da sua vida, precisa de um local de sossego, de uma ocasião só para si, e aquele era, decididamente, o mundo ideal para o fazer.

Sem comentários:

Enviar um comentário